Outubro Rosa: minha jornada após a descoberta e exérese de nódulo em 2024 - Reflexão sobre saúde e autocuidado
Aos 40 anos passei por um momento de reflexão, em que um nódulo na mama me fez parar e olhar para mim mesma. A exérese de nódulo foi necessária e coincidiu de ser realizada em um mês propício ao autocuidado com a saúde feminina: Outubro Rosa.
Desde 2022 venho acompanhando um nódulo por meio de ultrassom da mama e mamografia. O primeiro ultrassom indicou a categoria BI-RADS® 2, e a princípio, tudo parecia sob controle. Com acompanhamento anual de ultrassom e mamografia, mantive uma atitude tranquila. Porém, conforme o tempo passou, a situação começou a mudar.
Em 2023, o nódulo cresceu e foi classificado como BI-RADS® 3, além de que outros três nódulos surgiram, todos na categoria 2. Então, o meu médico pediu para fazer o acompanhamento a cada 6 meses. A cada exame, uma expectativa se instalava e eu sempre em oração para que tudo estivesse bem.
Em fevereiro de 2024 o nódulo maior, localizado na mama esquerda, seguia na categoria BI-RADS® 3, de acordo com a mamografia e ultrassom das mamas. A recomendação médica ainda era de retornar à consulta e realizar um novo ultrassom das mamas após 6 meses.
Confesso ter ficado mais apreensiva. Questionei alguns médicos sobre a retirada deles, mas ambos afirmavam serem de tamanho normal e não ser necessária a solicitação de retirada, dizendo apenas que eu só deveria acompanhar e que, provavelmente, quando entrasse na menopausa, ambos poderiam sumir.
6 meses depois, uma surpresa
Agosto de 2024 trouxe um novo desânimo: o nódulo maior havia dobrado de tamanho, passando para a categoria BI-RADS® 4. A urgência para realizar uma punção foi palpável, e a espera de dez dias para o procedimento parecia uma eternidade. No dia 21 de setembro, a biópsia trouxe uma leveza ao meu coração: o resultado era benigno. Agradeci a Deus por cuidar de mim, até nos mínimos detalhes.
Contudo, a consulta com o mastologista revelou a necessidade de uma exérese do nódulo. A preocupação voltou a me assombrar. A ideia de me submeter a uma cirurgia me deixou um tanto ansiosa, especialmente sabendo dos riscos envolvidos e das implicações financeiras que isso acarretaria. Eu trabalho por conta, e uma recuperação tranquila parecia um luxo distante.
Ainda assim, a fé em Deus me sustentou. O reconhecimento de que Ele nunca deixou faltar nada em minha vida me trouxe paz. Após a cirurgia, realizada em 15 de outubro, eu estava em casa, recuperando-me e refletindo sobre a experiência.
Uma reflexão necessária
Essa jornada me fez parar e olhar para a minha vida com novos olhos. Sempre fui a multitarefas: trabalhando em home office, cuidando das filhas e esposo, organizando a casa e me esforçando para atender a todas as necessidades da família. No meio dessa correria, esquecia de cuidar de mim mesma. O nódulo, de certa forma, me obrigou a olhar para o meu autocuidado, a entender que a saúde mental e física é crucial.
O processo me ensinou que é fundamental dedicar tempo a mim mesma, não apenas às necessidades dos outros. Essa mudança de perspectiva não só me faz bem, mas também reflete na felicidade da minha família. Afinal, quando nos sentimos bem, conseguimos transmitir essa energia positiva ao nosso entorno.
Essa experiência dolorosa, mas transformadora, me fez perceber que a vida é preciosa e que devemos valorizar cada momento. A jornada com o nódulo se tornou parte da minha história, um lembrete constante da importância de cuidar de mim mesma, de me permitir momentos de lazer e alegria, e de não esquecer de sorrir.
Enquanto aguardo o laudo da biópsia pós-exérese, sigo confiante de que Deus está no controle. Esta trajetória não foi fácil, mas trouxe aprendizado e um chamado para viver de maneira mais plena. Que minha história inspire outras mulheres a valorizarem sua saúde e bem-estar, lembrando sempre que, em meio às tempestades, é possível encontrar a paz em Deus.
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